Bom filme sobre a exaustão da revolução cubana e o seu efeito sobre a vida concreta destes amigos, todos eles supostamente das elites culturais. O argumento tem fragilidades, entre as quais se cita o exercício do contraditório que está ausente ou é apenas uma evocação nostálgica dos anos da juventude. Agora os horizontes pessoais são sombrios em contraponto à cidade luminosa, espécie de testemunha viva que acolhe as vozes e as histórias e as assimila à sua substância orgânica. Essa longa viagem pelas memórias do nosso Ulisses Cubano, rumo à sua amada Havana, tem o seu epílogo na revelação final que fazendo jus à epopeia que evoca, é colossal pela sua implausibilidade, mas pelo meio sobressaem bons momentos de cinema e de certa forma consubstancia também para nós um regresso a uma Havana que nos deixou boas memórias.
Vi de uma vez dois filmes do Cantet:Itaca e A Turma.Diria que o Regresso a Itaca se enquadra no "genero" de filme que se aproxima de uma peça de teatro quanto ao ambiente ,ritmo e prioridade do texto sobre a cena etc.Há uma certa previsibilidade e na forma como os dramas pessoais se vão desenrolando á nossa frente.Ninguém sai vivo ou feliz mesmo a felicidade do passado é atribuida a uma inocencia naif.Ceio que as sequencias em que alterna o ambiente mais ou menos idílico do terraço com a realidade por vezes sórdida dos arredores são muito bem conseguidas.Boa tentativa mas que se arrasta e enreda ao tentar mergulhar no sofrimento de cada um com os rostos traduzindo os sentimentos em grandes planos dispensaveis.Lágrimas a mais.Lembro dentro do tema de um filme mais interessante:Morango e chocolate.Vale a pena ver. A Turma é bem melhor no meu entender.Consegue nos transmitir a e fazer viver numa turma multicultural em Paris .Jovens de 13-14 anos.Um sistema que tenta ser o mais democrático possivel e também o mais justo e humano com os diversos problemas que lhe são colocados por essa mesma situação de multiculturalidade como a imposição de regras e a aplicação de castigos quando essas regras são quebradas.Coloca de forma premente a questão da democracia e o quanto é dificil o equilibrio entre a razão da força e a força da razão.O respeito pela hierarquia e seus limites numa mesma sociedade.Enfim gostei sinceramente.
Bom filme sobre a exaustão da revolução cubana e o seu efeito sobre a vida concreta destes amigos, todos eles supostamente das elites culturais. O argumento tem fragilidades, entre as quais se cita o exercício do contraditório que está ausente ou é apenas uma evocação nostálgica dos anos da juventude. Agora os horizontes pessoais são sombrios em contraponto à cidade luminosa, espécie de testemunha viva que acolhe as vozes e as histórias e as assimila à sua substância orgânica.
ResponderEliminarEssa longa viagem pelas memórias do nosso Ulisses Cubano, rumo à sua amada Havana, tem o seu epílogo na revelação final que fazendo jus à epopeia que evoca, é colossal pela sua implausibilidade, mas pelo meio sobressaem bons momentos de cinema e de certa forma consubstancia também para nós um regresso a uma Havana que nos deixou boas memórias.
Vi de uma vez dois filmes do Cantet:Itaca e A Turma.Diria que o Regresso a Itaca se enquadra no "genero" de filme que se aproxima de uma peça de teatro quanto ao ambiente ,ritmo e prioridade do texto sobre a cena etc.Há uma certa previsibilidade e na forma como os dramas pessoais se vão desenrolando á nossa frente.Ninguém sai vivo ou feliz mesmo a felicidade do passado é atribuida a uma inocencia naif.Ceio que as sequencias em que alterna o ambiente mais ou menos idílico do terraço com a realidade por vezes sórdida dos arredores são muito bem conseguidas.Boa tentativa mas que se arrasta e enreda ao tentar mergulhar no sofrimento de cada um com os rostos traduzindo os sentimentos em grandes planos dispensaveis.Lágrimas a mais.Lembro dentro do tema de um filme mais interessante:Morango e chocolate.Vale a pena ver.
EliminarA Turma é bem melhor no meu entender.Consegue nos transmitir a e fazer viver numa turma multicultural em Paris .Jovens de 13-14 anos.Um sistema que tenta ser o mais democrático possivel e também o mais justo e humano com os diversos problemas que lhe são colocados por essa mesma situação de multiculturalidade como a imposição de regras e a aplicação de castigos quando essas regras são quebradas.Coloca de forma premente a questão da democracia e o quanto é dificil o equilibrio entre a razão da força e a força da razão.O respeito pela hierarquia e seus limites numa mesma sociedade.Enfim gostei sinceramente.