quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A COR DO PARAÍSO




































  • Irão (1999)
  • Título: "Rang-e Khoda" (original), "A cor do Paraíso" (Portugal e Brasil),
  • De: Majid Majidi
  • Com: Hossein Mahjoub, Mohsen Ramezani, Salameh Feyzi
  • Drama, Aventura, Família
  • Audio: Persa, Azeri; Duração: 90 minutos; Cores
  • Amazon - UK (legendas em Inglês)

  • IMDb
    Linkedin (Silvana Passo Fundo)
    O Crítico
    Só Grandes Filmes
    Farol Arte e Psicologia
    Cinema e Sociedade - Breves Análises Fílmicas
    Recanto das Letras
    Rogerebert (Inglês)

    2 comentários:

    1. Vou fazer uma apreciação global.Primeiro porque provavelmente ninguém os viu ou vai ver.Segundo faz sentido já que constituem quanto a mim uma unidade e isso será sua força e provavelmente seu defeito.
      Embora com meios técnicos exíguos eles estão lá.os temas são o povo iraniano mais desfavorecido os imigrantes legais e ilegais principalmente do Afganistão.Os duplamente desfavorecidos da sorte:Pobres e diminuídos como cegos e surdos.Sobretudo muitas crianças em contacto com a dura realidade quer da cidade quer do campo.Não há grandes historias mas sim grandes problemas como um aparelho auditivo que se estraga e cujo preço é incomportável para a família.O pêso de um filho cego as costas do pai viúvo.Tudo tratado com muita classe e sensibilidade.Uma escola de cinema que deveria ser mais divulgada.A ver sem reticencias.

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    2. Abstraindo do componente místico-religioso, que com todo o respeito é o menos interessante para mim, o filme rege-se pela sobriedade realista e naturalista, mais do que pelo cânone do melodrama clássico, tratando de um tema bem sério -a cegueira e as suas implicações nas relações interpessoais e afectivas, de crianças e adultos- com a profundidade e a sensibilidade que se impõe. Outra coisa não seria de esperar de Majid Majidi e da rigorosa escola de Cinema de que é um dos principais baluartes. Os cenários são de cortar a respiração mas mais importante que esta impressão sensorial é a força que emana da natureza e das coisas, sentindo-se particularmente neste filme que as formas, cores e sons não estão ali para servir de mero fundo de cenário, antes fazem parte da matéria orgânica do filme e da sua linguagem.
      Quando um filme consegue isso, de forma natural e com prazer em quem o vê, então só pode ser uma obra-de-arte que fica para a história.

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