sábado, 26 de novembro de 2016

O QUE ESTÁ POR VIR





































  • França, Alemanha, (2016)
  • Título: "L'Avenir" (original), "Things to Come" (Inglês), "O que está por vir" (Portugal e Brasil)
  • De: Mia Hansen-Love
  • Com: Isabelle Huppert, André Marcon, Roman Kolinka, Edith Scob
  • Drama
  • Audio: Francês, Inglês, Alemão; Duração: 102 minutos; Cores

  • IMDb
    Cinecartaz - Público
    Público - Ipsilon (JM)
    Público - Ipsilon (LMO)
    DN - Artes (IL)
    DN - Artes (IL) (2)
    Cine Resenhas
    Lumière & Companhia
    Sábado
    Espalha Factos
    Alambique

    2 comentários:

    1. De Mia Hansen-Love só conhecia o "Eden", o filme anterior de 2015, sobre o quotidiano de um DJ inspirado na vida real do seu irmão. Este "L'Avenir", continua o tom confessional e algo autobiográfico centrando-se na vida de um casal de professores de Filosofia, inspirado na própria família da realizadora, que dessa forma lhe traça uma perspectiva ficcionada, ressaltando o seu ambiente burguês e intelectual e sobretudo o impacto que o inesperado divórcio teve na vida de todos, em particular na personagem representada por Huppert.
      Huppert num registo muito diferente da que veste o "Elle" do Verhoeven, ao contrário do que foi aqui sugerido por um comentarista decerto embriagado. Mas isso pouco importa para o caso vertente, apenas releva da excelência da actriz - como se fossem precisas provas...
      Há aqui um retrato de uma burguesia intelectual, que passou pelos protestos da juventude mas que agora suporta o "establishment". Nada de novo, se essa geração acomodada ao bem bom material e ao conforto das ideias sedimentadas, não fosse desafiada na rua e no campo intelectual através da subversão anárquica e radical que põe em questão as velhas ideias, pelos contestatários de hoje. Este debate tem interesse por si só, mas sobretudo porque abre túneis e estabelece pontes com o que está a mudar na vida da protagonista. Não se tratam apenas de mudanças e recomeços, rearranjos emocionais ou mentais, é mais do que isso. É a noção que o futuro que estamos à espera, é justamente, no agora deste presente, o passado que nunca sonharíamos, os tais dias de um futuro passado, como cantavam os velhinhos Moody Blues. É também a imprevisibilidade do tempo como definidor do valor de verdade das coisas como a certa altura um dos alunos questionou: "E se o tempo estiver errado" ?
      Muito bom filme !

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    2. Acho este filme mais interessante que o Elle.Cosegue irritar com os tiques intelectuais como ressalva o distinto colega que me precedeu na crítica,nada a fazer eles são mesmo intelectuais e não podem como agora está na moda fingir que são assim como meios grunhos porque parecem mais do povo e tal.Há uma diferença grande em ser intelectual e ter um comportamento elitista e achar que há uma automática superioridade de inteligencia e mesmo de direitos de prioridade em certos casos.Pelo contrario o conhecimento só ganha em profundidade com a humildade.Este filme consegue servido por interpretes de luxo,transmitir de forma muito clara coisas muito complicadas a saber:Como reagir quando as nossas crenças antigas já não servem para explicar o nosso presente e não se quer pertencer aos que nunca questionaram nada.Não ceder ao porreirismo porque pode dar dividendos com filhos e etc...muito bom .

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