quinta-feira, 24 de novembro de 2016

AS VOLTAS DA VIDA




































  • USA (2001)
  • Título: "Trouble with the curve" (original), "As voltas da vida" (Portugal), "Curvas da vida" Brasil),
  • De: Robert Lorenz
  • Com: Clint Eastwood, Amy Adams, Justin Tumberlake, Robert Patrick, John Goodman
  • Drama, Desportos
  • Audio: Inglês; Duração: 111 minutos; Cores
  • Fnac (Blu-ray)

  • 1 comentário:

    1. João Botelho costuma dizer que as histórias dos filmes não interessam nada, o que importa é a maneira como elas são contadas. No fim de contas, a "história real" é a que emerge dos planos, enquadramentos e edição /montagem do filme e essa já é "outra história" que pode nem ter nada a ver com aquela escrita no guião. Essa "história final" é aquela que chega àquela pessoa concreta que vê o filme. Isto tudo para dizer que aqueles que procuram mensagens, sabedoria ou moral nos argumentos dos filmes, ou que procuram apenas decifrar charadas, bem que podem ver apenas uns poucos filmes ao acaso, que já abrangem o universo do cinema de Hollywood. O que faz a magia do cinema, é a luz, as sombras e os movimentos que elas desenham nos nossos olhos e demais sentidos.
      Agora chegamos a este filme e a história que ele veicula nem vai perdurar por aí além no nosso imaginário. A enésima história do velho caça talentos excêntrico e misantrópico e da relação complicada com a única filha. Não ficaria para a história, não fosse uns quantos pormenores, sobretudo um: Clint Eastwood.
      Um dos raros filmes que não realizou mas que entregou a um colaborador de longa data, Robert Lorenz, que tem feito apenas carreira televisiva, talvez pensando que a sorte de beneficiar da aura inspiradora de um grande Homem do Cinema como Clint, não se reproduz facilmente e é melhor forrar uns cobres.
      Eu gosto de Clint Eastwood e é melhor dizer isso porque ele já tem 86 anos e não durará sempre. Apesar do seu estranho reaccionarismo, que se calhar está mal explicado, mas não interessa aqui. O que importa é que a presença do Homem nas cenas confere a estas uma dimensão que não se vislumbra à partida, talvez uma autenticidade e um realismo humano que não é fácil evocar no cinema.
      Por isso este filme vê-se como se de um clássico se tratasse. No fim sentimo-nos enganados como o Eli Wallace em "O bom, o mau e o vilão", célebre Western de Leone, mas sendo quem é, facilmente perdoamos o dislate...

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