33 anos se passaram desde que vi pela primeira vez este filme. A segunda vez que se vê um filme, já se sabe, tem um sabor diferente, ora mais doce ora mais amargo que a experiência inicial.Já me aconteceu ficar desiludido com segundas vistas ou surpreender-me com um filme quase desconhecido, como se fora um outro filme . Nós mudamos, as circunstâncias mudam, o nosso olhar já não tem o mesmo ângulo e o mesmo alcance. Algo se perde mas alguma coisa se ganha também quando olhamos mais uma vez. À vezes é necessário ver um filme mais que uma vez para se entrar verdadeiramente no seu nucleo. Muitas vezes passa-se vida nessa tentativa. Essa é mais uma magia do cinema. Às vezes dei comigo, perdido como o Travis, melhor com a memória esburacada dele. Outras vezes redescobri coisas simples como o olhar infantil de Hunter, coisas que não tinha reparado ou que ficaram apenas a pairar na memória como fantasmas sonolentos. A música de Ry Cooder é a mesma, mas parece ter outro sentido. Como da primeira vez, Paris Texas foi um deslumbre sobre uma visão alternativa de relações humanas complexas, do amor, da perda e do sofrimento, com os grandes espaços de uma América mítica em fundo, entre o hostil e o esperançoso. Agora desta vez sinto-me no entanto, um pouco como Travis, algo ficou mais pacificado mas a jornada não acabou. Uma obra prima absoluta e um dos filmes da minha vida. (*****)
Sim ,estou totalmente de acordo.Um grande filme que melhora quando se vê mais que uma vez.devo confessar que vi poucos mais que uma vez.este é um deles.
33 anos se passaram desde que vi pela primeira vez este filme. A segunda vez que se vê um filme, já se sabe, tem um sabor diferente, ora mais doce ora mais amargo que a experiência inicial.Já me aconteceu ficar desiludido com segundas vistas ou surpreender-me com um filme quase desconhecido, como se fora um outro filme . Nós mudamos, as circunstâncias mudam, o nosso olhar já não tem o mesmo ângulo e o mesmo alcance. Algo se perde mas alguma coisa se ganha também quando olhamos mais uma vez. À vezes é necessário ver um filme mais que uma vez para se entrar verdadeiramente no seu nucleo. Muitas vezes passa-se vida nessa tentativa. Essa é mais uma magia do cinema.
ResponderEliminarÀs vezes dei comigo, perdido como o Travis, melhor com a memória esburacada dele. Outras vezes redescobri coisas simples como o olhar infantil de Hunter, coisas que não tinha reparado ou que ficaram apenas a pairar na memória como fantasmas sonolentos.
A música de Ry Cooder é a mesma, mas parece ter outro sentido.
Como da primeira vez, Paris Texas foi um deslumbre sobre uma visão alternativa de relações humanas complexas, do amor, da perda e do sofrimento, com os grandes espaços de uma América mítica em fundo, entre o hostil e o esperançoso. Agora desta vez sinto-me no entanto, um pouco como Travis, algo ficou mais pacificado mas a jornada não acabou.
Uma obra prima absoluta e um dos filmes da minha vida.
(*****)
Sim ,estou totalmente de acordo.Um grande filme que melhora quando se vê mais que uma vez.devo confessar que vi poucos mais que uma vez.este é um deles.
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