A Starship Avalon é uma nave espacial que transporta mais de cinco mil pessoas em hibernação numa viagem que dura 120 anos. O destino? Um planeta-colónia chamado Homestead II. Só que uma das câmaras abre-se acidentalmente 90 anos antes da chegada ao destino e o seu inquilino, Jim Preston (Chris Pratt), um engenheiro mecânico, descobre que não era suposto ter acordado tão cedo. Diante da perspectiva de envelhecer e morrer sozinho, ele finalmente decide acordar um segundo passageiro, marcando o início do que se torna uma história de amor única.
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Havia aqui matéria para um discurso visual sobre a solidão e o amor numa jornada balizada pelo tempo. O filme até que assomou sorrateiramente a esta janela esperançosa. Mas depressa se percebeu que aqueles circuitos tridimensionais cheios de luz e efeitos teriam que ter uma retorno sob a forma bem analógica de papel-moeda. Ironia das ironias ! E vai daí e puxa-se dos manuais de bordo de Hollywood:
ResponderEliminar- O herói salva a heroína com sacrifício da sua própria vida e como expiação da sua culpa. Claro que para essa tarefa, é preciso ameaças de explosões, saltos para o abismo com cordas e até uma desfibrilhação do século XXII (?), tudo a palpitar suspense por todos os poros !
- A moral da história até dispensou o pormenor sórdido das cagadelas na horta para adubar as plantas como no "perdido em Marte", mas o efeito foi o mesmo. Faltou foi falar das desavenças conjugais, da disfunção eréctil e sobretudo do problema bicudo da vida daquele casal ter-se consumado e consumido apenas a dois, sem vizinhos, sem ciúme e sem culpa. Ter-se-ão suicidado ao fim de plantar os nabos ?
(*)