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Um filme muito interessante.Muitas vezes parece que estamos num documentário ou num docudrama, e ficamos a ele ligados meramente pela curiosidade etnográfica que constituem para nós as vaquejadas do nordeste Brasileiro e pela atmosfera e ritmo lento e repetitivo da narrativa. Puro engano, pois as personagens vão ganhando vida e complexidade e aos planos documentais sobrepõem-se outros onde o real, o onírico e o surreal se confundem.O simbolismo que parece marcar muitos planos como o do fim de festa com os manequins desmembrados e confetis espalhados pelo descampado , do banho masculino, e sobretudo a famosa cena de sexo com a mulher grávida, torna este filme muito aberto , mas o lado interpretativo é o que menos importa, o filme respira e bem para além disso. O cineasta mais parecido com Mascaro neste aspecto e não só é a francesa Claire Denis.
ResponderEliminarPor fim sugiro a exemplar entrevista do cineasta a Vasco Câmara do Público (link acima).
Filme difícil de ver.Há um mostrar e esconder contínuos.Há até no volume do som um sobe e desce que irrita mas prende a atenção.Uma montagem nervosa.Muitas historias que se cruzam e que deixam os espectadores a pensar no que está por traz dos personagens.Um achado o putativo costureiro vivendo naquele meio.Creio que se reconhece o realizador dos Ventos de Agosto o que é uma assinatura e é bom.Valeu.
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