domingo, 16 de outubro de 2016

CAPITÃO FANTÁSTICO




































  • USA, 2016
  • Título: "Captain Fantastic" (Inglês- original), "Capitão fantástico" (Portugal e Brasil)
  • De: Matt Ross
  • Com: Vigo Mortensen, George Mackey, Samantha Isler, Frank Langella
  • Comédia dramática
  • Audio: Inglês, esperanto; Duração: 118 minutos; Cores

  • IMDB
    Cinecartaz Público
    Público - Ipsilon (JM)
    Cinematograficamente Falando
    Plano Crítico
    Dalenogare - Críticas de filmes
    Na minha Opinião
    Panda's Choice
    Kind of Blue
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    Última Sessão
    Cinema Detalhado
    Rick's Cinema

    1 comentário:

    1. É muito difícil abordar um filme marcadamente ideológico como este, sem preconceitos e de um ponto de vista estritamente cinéfilo, ou seja tratar de saber se se trata de uma história bem filmada, independentemente do teor da história. Filme marcadamente ideológico, porque ressuscita e apologiza o conceito do "bom selvagem" do Russeau, defendendo fanáticamente conceitos anárquicos e ecológicos, declaradamente à esquerda da esquerda. O argumento é o que é e não interessa concordar ou discordar com aquele meio de vida marginal e subversivo ou alinhar em qualquer moral de pacotilha. O que interessa é se ele é convincente e se há contraditório e se as personagens podem ter espessura e não apenas bonecos desenhados à medida de ideias feitas. Vamos então por partes:
      A história é inconsistente porque tudo é muito limpinho e asseadinho, até as raparigas têm o cabelo frisado e ares de meninas de Beverly Hills. O dinheiro não falta, é um milagre, nem o Tarzan que tinha mais dotes chegou a tal pecúlio.O ensino, bem, o ensino é um caso de estudo, nós na civilização é que somos lorpas e não adoptamos esse modelo do bom selvagem carregado de livros, como um burro !
      O contraditório não existe. Esboçou-se ali uma ténue dissidência mas que foi pacificada de forma desastrada com um "desculpa, pai" em troca de um"amo-te filho". Mesmo um ator como Langella, parecia que ia dar luta pelo lado de alguma razão e clarividência mas qual quê...
      As personagens dos miúdos são demasiado tipificadas, faltam ali borbulhas, birras e limitações (são todos génios). O enredo dá uns abanões para agradar a Gregos e troianos, ou seja afoga-se na hipocrisia, nas meias tintas e na cobardia.
      Honra lhe seja feita, coragem a meias com mau gosto, ocorreu como uma dejeção na sanita engolindo as cinzas da defunta.
      Portanto o argumento é muito, digamos, panfletário e pouco proletário de facto. Uma pena...
      Quanto à cinematografia, ao som e ao resto estão ao serviço de um argumento pouco comprometido.
      Safa-se o Vigo Mortensen (grande ator !) e as cenas do miúdo mais velho com a loirinha no parque de caravanas. Os dois mereciam acabar o que começaram....

      (**)

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